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Mostrando postagens de julho, 2015

Silêncio, por favor!

Há não muito tempo eu assisti ao belo filme Território do Brincar de David Reeks e Renata Meirelles, montado a partir de imagens captadas em diversas comunidades, reunindo as diferentes manifestações do brincar em terras brasileiras. Um aspecto que me chamou atenção é que quase não há falas. As crianças, quando mais encantadas pelas brincadeiras, se entregam a uma atitude contemplativa e em muitos momentos, o silêncio só é quebrado por risadas, onomatopeias, gritos e ruídos corporais. Claro que não é sempre assim. Em muitos casos, os diálogos, reais e imaginados, fazem parte do jogo e da dinâmica do brincar. Mas são muito frequentes no filme e na vida, como qualquer um que já tenha olhado uma criança brincar pode comprovar, esses momentos em que a fala não tem vez. E são nessas horas que se percebe que a criança está completamente preenchida pela ação. Todo o seu ser está no momento. É o estado mágico que alguns chamam de fluxo. Um estado necessário a atividades que requeiram toda