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Mostrando postagens de 2014

Sobre ideias incríveis e pizzas frias

Confesso que muitas vezes, em locais públicos, presto atenção nas ações e conversas alheias. Quem nunca fez isso pode ficar à vontade pra me condenar. Hoje, na fila do mercado presenciei uma cena que me emocionou e me deu o que pensar. Estavam bem atrás de mim, na fila, um homem, mais ou menos da minha idade e um garoto, seu filho, que me pareceu ter uns 10 ou 11 anos. Conversavam normalmente e pude ouvir tudo o que falavam enquanto a fila não andava. Entre outras coisas, o menino perguntou: "Pai, tem suco em casa?", ao que o pai respondeu que devia ter de um sabor só, mas que iriam fazer compras na semana que vem, quando a mãe voltasse. Compreendi que a mãe estava viajando e aquele pai e o filho passavam um tempo sozinhos, por conta própria. Foi então que aconteceu a parte que me tocou. De repente os olhos do garoto brilharam e ele disse: "Tive uma ideia!". Falou isso reforçando longamente cada sílaba, daquele jeito que as crianças fazem quando querem contar algo

Ainda olhando os trilhos

Há alguns anos eu tinha outro blog pessoal - Olhando os trilhos . Como as coisas da internet nunca se perdem de fato ele continua lá. Durou mais ou menos um mês e durante esse tempo consegui escrever alguns textos de que gosto e muitos que odeio. Entre eles havia alguns textos relacionados a uma discussão boba que acabei tendo com um outro blogueiro e alguns amigos dele. Até hoje não sei bem o que aconteceu, mas o fato é que por causa disso eu acabei parando de escrever. Depois de um tempo, fiz uma limpeza nos textos que odiava, deixei os que gosto e ele ficou lá, assim, congelado no tempo por mais de dez anos. De lá pra cá, passei a contribuir em outro blog, dos Contantes Contentes , o grupo com o qual conto histórias. Meus textos sobre histórias, geralmente vão pra lá, mas pode ser que acabem aqui também. Quando resolvi reativar esse blog, não tive como não pensar nos textos que estavam lá meio abandonados no outro e em tudo o que aconteceu naquela época. E me lembrei que entre os

Humilhação eterna?

Ainda sob o efeito do Alemanha 7 x 1 Brasil, comecei a pensar em momentos catastróficos da minha vida. Percebi que tive muitas perdas, algumas irreparáveis. Outras, que pareciam irreparáveis, perderam o significado depois de algum tempo. Entre as da última categoria, eu me lembrei da maior humilhação que já sofri. Entre 87 e 90 eu fiz parte de uma banda de música no Jd. São Paulo. Ainda guardo alguns bons amigos daquela época. No final de cada ano, fazíamos uma festa com um sarau. Pequenos grupos eram formados para tocar uma ou duas peças cada. Naquele ano, acho que em 89, todos os trompistas resolveram apresentar um número. Um pout-pourri de músicas eruditas com destaque para temas escritos para trompas. Éramos cinco: O Davi, que fez o arranjo, o Marcelo, o Flávio, o Almir e eu. O arranjo não era muito complexo. Alguns temas se sucediam, tocados a três vozes. Não havia solos nem maiores complexidades. Mas em sua simplicidade os temas festivos e solenes de diversas épocas soavam muit

A pé

Criei esse blog em dezembro de 2011. Nem me lembro bem o que pretendia fazer com ele naquela época. Acho que até criei uma postagem inicial que deve ter ficado no ar por uns dez minutos. Depois apaguei e não sei bem porque eu mantive o endereço vazio por todo esse tempo. Isso, por si só, não é nada de mais. Provavelmente há milhares de blogs assim no mundo. Eu mesmo já tive outro que durou um mês e do qual falo outra hora. Ainda não sei bem o que pretendo fazer aqui. Como não sabia em dezembro de 2011. Mas vou tentar mais uma vez. Sobre o nome "Só mais um pedestre" Se me lembro bem, quando criei o blog, eu pretendia chamá-lo simplesmente "A pé" ou algo assim. Esse nome já existia e depois de algumas tentativas consegui o endereço umpedestre.blogspot.com. Então dei o título "Só mais um pedestre" ao blog. Difícil definir o que sou. Difícil definir o que qualquer pessoa é. Eu sou pedestre porque não dirijo. Por opção ou por contingência, não sei bem.