Foi no início de uma manhã de sábado que cheguei ao vilarejo. No dia seguinte teria que viajar para a capital, onde o congresso aconteceria. Sabendo que não era um desvio muito longo, aproveitei a viagem para passar na vila que conhecia de muitas histórias. Teria um dia inteiro para andar pelas ruas que os pés do meu avô haviam pisado pela última vez há mais de sessenta anos e, quem sabe, encontrar ali algo que me fizesse sentir que ele ainda estava comigo. Da vilinha da infância eu só tinha ouvido falar pelas histórias que ele contava e dela só sabia o nome. A família toda tinha mudado pra São Paulo quando ele era jovem. Nunca mais voltaram nem para visitas. Mas a pequena cidade foi junto com ele por toda a vida. No jeito de falar, no amor pela terra e no artesanato que fazia. Era só quando eu ia até lá que ficava hipnotizado brincando, enquanto ele me contava histórias da pequena vilinha de São Bento. Foi em uma dessas visitas que eu soube da única namorada que ele teve além da
Caminhadas e histórias